Economia Brasileira, Recuperada ou Não? Este curto texto, mostra um pequeno parecer do que está acontecendo com a nossa economia.
Para entender o atual momento da economia brasileira é preciso, acima de tudo, saber separar o que o governo diz daquilo que ele realmente faz. É preciso fazer uma distinção entre o que é prática real e o que é mera retórica eleitoreiro-populista.
Que o governo brasileiro é pródigo em bravatas e em discursos de fácil apelo popular, é algo de que todos já sabem.
Duas coisas foram muito comemoradas pelo governo e pela mídia recentemente: o aumento do PIB do segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre, e a queda no desemprego.
Economistas keynesianos - isto é, todos os economistas do governo e da mídia - dizem que isso é resultado do aumento dos gastos do governo, das famílias e do aumento de crédito. Donde eles concluem que, não só houve uma intervenção governamental, como também ela foi essencial para "salvar" a economia.
Portanto, podemos dizer que o governo acertou ao cortar impostos e ao não fazer políticas deliberadamente voltadas para a manutenção artificial dos preços. A deflação de preços ocorrida no setor de matérias-primas industriais e agrícolas obrigou esse setor a fazer suas correções e, não obstante o processo seja doloroso, a reconfiguração desse setor lhe dará musculatura para o futuro.
A queda nos preços desses bens de produção, aliada a um alto volume de estoques, aos cortes nos impostos e ao crédito facilitado, gerou um maior volume de vendas do bens de consumo final produzidos por esses insumos, o que beneficiou principalmente os mais pobres. Esse maior consumo ajudou a manter alguns setores comerciaisem expansão. Porém , assim que esse estímulo acabar - seja por meio do fim do incentivo fiscal, seja por meio do aumento dos juros - esses setores terão dificuldades. E eles terão de combatê-las via deflação de preços.
Já o crédito concedido ao setor da construção civil o manteve aquecido durante toda a crise. Embora a princípio essa possa parecer uma política acertada, inevitavelmente haverá uma correção no longo prazo. A questão é quando esse longo prazo chegará. Considerando-se que o governo federal está envolvido em programas como o Minha Casa, Minha Vida, é muito difícil imaginar que os subsídios irão acabar num futuro próximo. Quem está envolvido direta ou indiretamente nesse setor vai se dar bem - à custa do contribuinte.
O setor de comércio e o setor de serviços, como já explicado pela teoria, são os que menos sentem crises econômicas. Uma possível queda na demanda por esses setores dificilmente gera demissões em massa. E não houve essa queda.
A aparente recuperação da economia brasileira pode ser creditada principalmente à queda de preços no atacado, o que beneficia o consumo principalmente dos mais pobres e reaquece a economia. De acordo com as estatísticas divulgadas pelo IBGE, foi exatamente o consumo das famílias a força-motriz do PIB. Porém, apenas com consumo, e sem investimentos, a recuperação não é sustentável. E os investimentos não estão aparecendo. Ao contrário, recuaram 17% em relação ao mesmo período de 2008.
Boa parte desses gastos em consumo também ocorreu em decorrência do crédito facilitado oferecido por alguns instrumentos do governo. Assim que esse crédito encarecer - uma inevitabilidade - haverá uma correção no nível de consumo, o que pode afetar o PIB. Outra preocupação é o nível de inadimplência, que pode subir e dificultar ainda mais a concessão de crédito para os bons pagadores.
Da mesma forma, se não houver investimentos - algo que só é feito quando se sabe que a demanda será constante, e não temporária - um alto nível de consumo é insustentável. Afinal, as pessoas vão consumir o quê? Desnecessário lembrar que a produção deve anteceder o consumo.
Já os gastos do governo e a carga tributária seguem engessando os rendimentos do setor privado, o que desestimula a ida de cérebros para esse setor e incentiva os melhores a buscar refúgio no setor público, que não produz riqueza. Um país no qual os mais preparados estão em busca do setor destruidor de riquezas não pode vislumbrar um futuro espetacular. E não há o menor sinal de que essa tendência será revertida num prazo humanamente suportável.
Fonte: http://www.mises.org.br
4 comentários:
Ta faltando a fonte!
Tinha me esquecido, mas agora Coloquei!
Vlw oZzamA!
^^
;)
Ou seja: Keynesianismo = Populismo. - Uma prosperidade artificial as custas do contribuinte, inibindo o espirito empreendedor - que é o principal motor de uma pujança social verossímil; sobretudo pela geração de empregos efetivos. A maior politica de inclusão existente, é a do incentivo ao emprego, no qual se desponta como principal motor o setor privado -; enquanto o governo se voltar a Bolsas-Esmola! O Estado de Letargia excludente permanecerá ¨ad eternum¨.
"Bolsas-Esmola"
teses e mais teses, o que você disse é certo!
mas a atual situação economica do Brasil e de outros países, forçam o Estado a criarem políticas públicas de Assistencia Social.
é um caminho errado, mas os interesses políticos atuais, somados com o nível de ignorancia da maior parte da população brasileira (pobres e miseráveis) resulta no tão errado "[i][u]Bosta Familia[/i][/u]"
Postar um comentário