Decisão confirma expectativa da maior parte dos analistas do mercado.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu interromper o ciclo de redução da taxa básica de juros da economia brasileira, em vigor desde janeiro deste ano, ao anunciar, nesta quarta-feira (2), a manutenção da taxa Selic em 8,75% ao ano.

A decisão, que foi unânime, veio após cinco cortes consecutivos dos juros básicos, que estavam em 13,75% ao ano no fim de 2008. Com o anúncio, o Copom confirmou asinalização de que poderia interromper o ciclo de corte dos juros, divulgada na ata de sua última reunião.
A manutenção dos juros também confirmou a expectativa da maior parte dos analistas do mercado financeiro. A expectativa dos economistas é de que os juros permanecerão neste mesmo patamar, pelo menos, até setembro de 2010. O Copom se reúne novamente em 20 e 21 de outubro.
Explicação do Copom
Ao fim do encontro do Copom, o BC divulgou a seguinte frase: "Tendo em vista as perspectivas para a inflação em relação à trajetória das metas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 8,75% ao ano, sem viés, por unanimidade. Levando em conta, por um lado, a flexibilização da política monetária [corte de juros] implementada desde janeiro e, por outro, a margem de ociosidade dos fatores produtivos, entre outros fatores, o Comitê avalia que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas ao longo do horizonte relevante e para a recuperação não inflacionária da atividade econômica".
Mínima histórica e Juros reais
Mesmo com a manutenção dos juros nesta quarta-feira, a taxa Selic permanece no patamar mais baixo da série histórica do Copom, que tem início em 1996.
Entretanto, o Brasil piorou uma posição no ranking mundial de juros reais (calculados após o abatimento da inflação projetada para os próximos doze meses), passando de quinto para quarto colocado.
Segundo cálculos da consultoria econômica UpTrend, os juros reais brasileiros estão em 4,5% ao ano, sendo superados somente pela China (7,2% ao ano), Tailândia (5,90% ao ano) e Argentina (4,70% ao ano).
Sistema de metas
Cenário dos últimos meses
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