19 outubro 2009

19/10/2009 - COTAS ( IGUALDADE RACIAL ? )








Olá Pessoal, Hoje vou trazer para vocês um texto, que gera muita polêmica, é um tema muito importante, atual, que do meu ponto de vista, INFELIZMENTE é uma realidade Brasileira, as COTAS RACIAIS.







esse artigo eu retirei do Mídia Sem Máscara http://migre.me/9s26, escrito por MARCUS BOEIRA | 01 ABRIL 2009

façam uma leitura, e dêem suas opiniões.







Acompanhando a corrente adotada por homens como Hitler, Stalin, dentre outros, os arautos do “novo Brasil” passaram usar o a Direito brasileiro para obrigar o Estado a dar tratamento diferenciado para os membros da sociedade civil, tratamento esse que passa a depender da cor da pele ou do passado histórico do qual a vítima histórica seria enraizada.


Os erros da política brasileira já são conhecidos desde o início da República Velha, quando o patrimonialismo brasileiro e a idolatria estatista entraram em cena de modo mais claro entre nós. Não satisfeitos em barbarizar a vida política, os arautos da “revolução brasileira” encontraram outro modo de destruir as bases do que havia restado de tradição nos país “mais maravilhoso do mundo”: usar o direito como instrumento de suas iníquas e bárbaras idéias. A 
genialidade de nossos acadêmicos e operadores do direito é realmente impressionante: mais vale ouvir a “opinião” de professores dispostos a “mudar uma realidade tão sofrida” do que escutar a voz da reta razão. Assim, movidos por um sentimento de “puro nacionalismo”, por amor ao Brasil dizem os mais exaltados, esses grandes “revolucionários” de nossa cultura se mostram imbuídos a usar o Direito pátrio para cumprir com suas finalidades políticas revolucionárias.
Desse modo, pela primeira vez em toda a história da república brasileira o ordenamento jurídico pátrio reconheceu não só a constitucionalidade da política de cotas para instituições estatais, mas também condicionou os critérios de meritocracia em concursos públicos com base na diferença de cor da pele, invertendo a exegese constitucional sobre o Princípio da Igualdade, previsto no art. 5º de nossa bem intencionada Constituição.  Estava selada a tão aclamada política de cotas.

A partir de então, a sociedade brasileira passou por uma mudança nunca antes vista, o que estrategicamente fora uma vitória sob o ponto de vista dos arautos da “nova ordem”: é que o Brasil passaria a assistir um processo de diferenciação ontológica entre seres humanos, cujo critério é a cor da pele e o meio de legitimação, o direito.

O fato é que o direito passou a ser utilizado não como forma legítima de plantar a igualdade de oportunidades, o que se espera de uma pretensa democracia, mas como forma “ilegítima” de assegurar a desigualdade, como se a cor da pele fosse um motivo bastante razoável para se diferenciar seres humanos. Tal pretensa, além de completamente inconstitucional, mostra-se absurda e totalmente bizarra frente ao Princípio da Igualdade.

Claro que tal tema já foi discutido, debatido e chancelado por nossos 
mass media. Porém, não é porque um erro foi introduzido e esquecido pelo gênio tupiniquim nacional que devemos deixar de levantar novamente questões ratificadas por nossa maculada história constitucional, sobretudo pós-88.

O reconhecimento jurídico da desigualdade a partir de critérios acidentais na constituição física do ser humano (tais como critérios de cor da pele, dos olhos, etc.) foi uma prática adotada por vários regimes totalitários durante toda a história do século XX.

Acompanhando a corrente adotada por homens como Hitler, Stalin, dentre outros, os arautos do “novo Brasil” passaram usar o a Direito brasileiro para obrigar o Estado a dar tratamento diferenciado para os membros da sociedade civil, tratamento esse que passa a depender da cor da pele ou do passado histórico do qual a 
vítima histórica seria enraizada. Assim, a relação Estado-Sociedade entre nós passa a se efetivar em uma dimensão desconhecida até a atualidade: a de que as pessoas são reconhecidas e juridicamente tratadas de formas completamente diversas em razão da cor da pele que lhes caracterizam. De um lado, um Pai, o Estado, aquele que salva a geração vitimizada e que pune a geração maldita em seus filhos bastardos. De outro, milhares de vítimas de uma história tão injusta e cruel. Engraçado: meu pai trabalhou desde os oito anos e o Estado nunca se preocupou com ele. Pelo contrário. Sempre lhe cobrou muitos impostos. Até mais do que deveria.

Assim, se o Estado trata de maneira diferente seus concidadãos tendo por base a cor da pele como critério, cabe indagar: em primeiro lugar, "quem" delibera sobre a cor da pele, ou seja, quem julga o critério utilizado? Segundo: quais os limites para a caracterização da cor de uma pessoa?

O discurso fácil e sofista de que devemos reparar erros cometidos no passado só leva a enganos e retrata a falta de perspectiva de um país mergulhado no fracasso e na miséria moral.

Os "erros" do passado ficaram no passado e não podem ser transportados para o futuro, como se essa geração fosse um bode expiatório de todos os acontecimentos pretéritos de sua existência. Os erros sobre tal ponto se dividem em dois planos: primeiro, em querer lançar culpados históricos por problemas do passado; segundo, atribuir a uma geração, aleatoriamente, a culpa por seu passado.

Já temos muitos problemas com que nos preocupar. A questão de cotas não provoca apenas uma utópica solução para determinados problemas isolados, mas leva a situação de aceitação passiva de que a desigualdade não é apenas fomentada por política pública, mas entendida como “novo” valor jurídico para o Direito brasileiro. De igualdade proporcional caminhamos para a desigualdade proporcional: tudo para um grupo em detrimento do resto. O Estado, novo juiz da história brasileira, seria posto no cargo de magistrado de nosso passado pelas malhas jurídicas, tão bem manuseadas pelos arautos da “nova sociedade em marcha”. A bipolarização culpabilidade - vitimização, tão cara ao Direito Penal, seria agora entendida, em nosso país, como filosofia da história. Vejam que maravilha: milhares de nós seriamos condenados por que nascemos nessa geração.

Os movimentos por cotas já conseguiram “vitória” em sua etapa revolucionária e procuram agora manter tal política com mais vigor ainda.  O Direito passou a ser o forte aliado desses arautos da “revolução brasileira”. De passo em passo, caminhamos para uma sociedade em que a inconstitucionalidade é direito válido e a Constituição, 
mutatis mutandis, “inconstitucional”!

Um comentário:

Ricardo Brito disse...

Não tem como negar que existiu enormes injustiças com a população negra e que até hoje vem sendo prejudicada em inúmeros aspectos dentre os quais pode ser destacado a enorme limitação a uma educação de qualidade. Porém, acho que cotas raciais não são as medidas mais corretas para resolver tal problemática visto que, existe inúmeros pessoas que concorrem por essas vagas que são munidas de conhecimento e tiveram acesso a uma boa educação suficiente para competirem por um lugar na universidade sem o auxílio de cotas.
O investimento do governo não deve se limitar na criação de cotas, sejam elas raciais ou sócio-economicas mas, investir na educação de base, dar condições de estudo para essa população pois, cotas podem até ajudar o ingresso a faculdade mas, manter-se nela com conhecimentos de base limitados se torna muito difícil.